A primeira Guerra Mundial terminou com a vitória das democracias do Ocidente Europeu sobre os velhos impérios da Europa Central e de Leste e o império Otomano.
O velho Império Russo, em consequência da Revolução Socialista de 1917, retirou-se do conflito sem motivos aparentes, dando lugar a uma nova geopolítica republicana no partido único, a URSS( União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Desta forma, perdeu territórios para a nova Polónia e Ucrânia, abandonou o seu interesse geostratégico sobre a Finlândia e assistiu à emancipação dos estados bálticos da Letónia, Estónia e Lituânia.
O império Alemão abandonou territórios que passaram a integrar a Polónia e perdeu as ricas regiões da Alsácia e da Lorena que regressaram à soberania francesa e outros territorios alemães contribuíram para o alargamento das fronteiras da Bélgica, Dinamarca e Checoslováquia. Limitado no seu espaço, o velho império deu lugar a uma nova Alemanha que pôs fim à monarquia e instaurou a república.
O Império Austro-Húngaro foi desmembrado, dando lugar a novos estados da Áustria, Hungria e antiga Checoslováquia e outros territórios foram integrados nas fronteiras de Itália, da Roménia e da antiga Jugoslávia e da Polónia.
O Império Otomano viu o seu espaço reduzido à actual Turquia depois de perder os seus vastos domínios espalhados por todo o Médio Oriente onde nasceram novos estados: a antiga Mesopotânia deu lugar ao actual Iraque, que se manteve sobre influência britânica; a Síria e o Líbano constituíram-se como protectorados da França,etc.
Na sua maioria, os novos estados constituíram-se como repúblicas parlamentares, assentes no sufrágio universal e na democracia representativa, consolidando o triunfo da democracia liberal no Leste e Sul da Europa.
João Bilhó
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