segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A política Colonial


Como se sabe Portugal sempre foi um país com dimensões reduzidas no seu território nacional total comparativamente a muitos outros países europeus e mesmo mundiais, mas grande no mundo visto que tínhamos colónias ricas a contribuir para a evolução de Portugal. Estas desempenharam uma dupla função no Estado Novo, sendo um elemento fundamental na política do nacionalismo económico e um meio de fomento do orgulho nacionalista. Isto porque:

No primeiro caso, porque para estas se escoavam produtos agrícolas e industriais metropolitano e de abastecimento de matérias-primas a baixo custo. Era um mercado rentável, interessante para o país;

No segundo caso, porque constituiam um dos principais temas de propaganda nacionalista integrando os espaços ultramarinos no espaço geopolítico nacional.

Os benefícos das colónias, por volta de 1930, motivaram o Estado Novo a publicar o Acto Colonial, onde estavam clarificadas as relações de dependência das colónias pondo assim fim a experiências de descentralização administrativa e de abertura ao capital estrangeiro, praticadas durante a primeira República.

Já para o segundo objectivo, o regime levou a cabo diversas campanhas tendentes a propagandear, interna e externamente, a místic imperial, entre as quais se destacou a Exposição do Mundo Português, em 1940.
João Bilhó

domingo, 17 de janeiro de 2010

Considerações Acerca da Arte no Estado Novo

Em 1915, com apenas 19 anos, António Ferro participou no que viria a ser, muito possivelmente, a maior revolução literária de sempre em Portugal. Falo da revista Orpheu.
Passados 18 anos, em 1933, com um novo estado, um novo ditador, e com um livro a escrito a louvar esse mesmo ditador, António Ferro aceita de bom grado a direcção do Secretariado Nacional.
É devido a este percurso (aqui muito muito resumido) que me pergunto qual será o motivo de alguém, que tanto se envolveu eu projectos contra o estabelecimento, para se juntar ao mesmo.
Muitas respostas são possíveis, e todas são, a meu ver, repugnantes. O fascínio pelo fascismo de Mussolini pode ser uma, e certamente foi um dos motivos para a decisão, a questão monetária também esteve certamente envolvida na decisão. Mas, um dos motivos referidos por alguns para explicar esta decisão é o resgate da arte vanguardista das mãos da censura enquandrando-a no próprio regime. É sobre este motivo que me vou focalizar neste texto de opinião.
Para mim este motivo é inválido. A arte evolui na marginalidade. Só de fora existe uma perspectiva crítica do que há de errado. Só os excluídos têm a visão da inovação. Parece um extremismo, mas passo a explicar: a arte contemporânea vanguardista pressupõe uma visão subjectiva do mundo, assim, o que é mais interessante para um publico apreciador de arte é a interpretação que não lhes é óbvia, fruto de uma observação diferente e marginal de uma assunto comum.
É por este motivo que me choca a associação da Arte ao Estado Novo levada a cabo por António Ferro.
João Marcelo

As novas instituições


Os alicerces do novo regime Salazarista resultaram através de um conjunto de constituições que o próprio Salazar ditou:


A União Nacional, uma força política oficial fundada pelo Governo na década de 30(foi o único partido autorizado);


O Acto Colonial, também aprovado na década de 30, através do qual Portugal reafirmava a sua missão civilizadora nos territórios ultramarinos e clarificava as relações de dependência das colónias, pondo fim às políticas de descentralização administrativa e à abertura à intervenção estrangeira dos governos democráticos da 1ªRepùblica;


O Estatuto do Trabalho Nacional, publicado em 33, inspirado na Carta do Trabalho italiana, que regulamentava a organização corporativista do sector produtivo nacional;


Constituição de 1933, marcu a transição da ditadura militar para a ditadura civil.
João Bilhó


terça-feira, 12 de janeiro de 2010


Para salientar algumas das caracteristicas mais evidentes do chefe do Estado Novo, António de Oliveira Salazar, decidimos procurar e transcrever algumas das suas frases mais conhecidas:

Autoritarismo- "As discussoes têm revelado o equivoco, mas nao esclarecido o problema;
já nem mesmo se sabe o que ha de entender-se por democracia."

nacionalismo-"Decididamente,decisivamente,pela Nação, por nós e ... até por eles."

organicismo-"Através de uma orgânica adequada, toda a ideia construtiva, toda a divergência fundada, toda a reclamação justa tem as maximas possibilidades de ser ouvidas e consideradas e atendidas no juizo independente que só o interesse colectivo ilumina e aquece."

mocidade portuguesa-"Sabei que a vontade deve ser educada no amor a Deus e ao próximo, no amor a família, à honra e à dignidade, ao trabalho e a verdade."

Personalizado no chefe-"Figura central da governação,interveniente em todos os sectores da vida nacional"
Conservador-" A família rural,tradicional e conservadora, deve ser a imagem da sociedade portuguesa."
Corporativismo-" Toda a vida económica e social do país dever-se-à organizar em corporações."
Joões, de Marcelo e com Bilhó