terça-feira, 25 de maio de 2010

Estado da Europa no final do milénio passado

A década de 90 foi uma década de grandes acontecimentos na Europa -tal como no resto do mundo-. O desmoronamento da URSS foi uma das maiores causas da movimentação social europeia nesta década.
O século abre, para a Europa, com a tensão na Jugoslávia e decorrente guerra civil. Os primeiros conflitos surgiram na Croácia em 1991, chegando em pouco tempo à Bósnia e Herzegovina. Esta sangrenta guerra civil punha em confronto os sérvios, os croatas e os muçulmanos da região dos Balcãs.
Entretanto, na União Europeia (ainda CEE), planeiam-se os contornos de uma moeda única europeia e de um novo modelo para esta comunidade. É nesse contexto que foi assinado, a 7 de Fevereiro de 1992 o tratado de Maastricht. Este tratado, que entrou em vigor a 1 de Novembro de 1993, impôs as bases para que fosse implementada, no futuro, a moeda única. Mas acima de tudo, estender a influência da CEE a um âmbito que não apenas o económico, passando esta, desde então, a chamar-se UE (União Europeia).
A 1 de Janeiro de 1993 foi implementado o mercado único na UE. Com ele aparecem as quantro liberdades: a livre circulação das mercadorias, dos serviços, das pessoas e dos capitais, que permitem um intercâmbio geral bastante mais facilitado do que nos tempos anteriores.
No primeiro dia do ano de 1995 dá-se um alargamento na UE: a Áustria, a Finlândia e a Suécia são os novos estado membros da UE. Também em 1995, entram em vigor os acordos de Schengen, permitindo que exista uma circulação entre Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Luxemburgo, Países Baixos e Portugal sem a necessidade de controlo de identidade nas fronteiras.
A 17 de Junho de 1997 é assinado o Tratado de Amesterdão. Este tratado baseia-se nas conquistas do Tratado de Maastricht. Inclui disposições destinadas a reformar as instituições europeias, a dar mais peso à Europa no mundo e a consagrar mais recursos ao emprego e aos direitos dos cidadãos.
É também em 1997 dirigentes europeus decidem dar início a negociações de adesão com 10 países da Europa Central e Oriental: Bulgária, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, República Checa e Roménia. Acrescem a estes países as ilhas mediterrânicas de Chipre e de Malta.
A 1 de Janeiro de 1999 Onze países (a que a Grécia se viria a juntar em 2001) adoptam o euro unicamente para as suas transacções comerciais e financeiras. As moedas e as notas serão introduzidas mais tarde. Os países da zona euro são: Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos e Portugal. A Dinamarca, o Reino Unido e a Suécia decidiram de momento não participar.
Daqui em diante pedia-se à Europa que resolvesse os seus conflitos internos, que se estabilizasse como comunidade e que pudesse fazer frente aos EUA economicamente.

João Marcelo

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